Novos números excepcionais na Colômbia apontam para o lucro
5 agosto, 2019
O mercado de jogos de azar on-line da Colômbia registrou um crescimento de quase dois terços no primeiro semestre de 2019.
Na semana passada, o Órgão Regulador Coljuegos informou que a participação do Governo na receita de jogos de azar on-line do país saltou para COP29.8b (US$ 8.9m) nos seis meses encerrados em 30 de junho, um aumento de 63% em relação ao mesmo período do ano passado.
O rápido crescimento dos jogos de azar on-line ultrapassou dramaticamente a taxa de crescimento de receita geral da Coljuegos de 13%. O jogo online continua a ser um contribuinte muito pequeno (9,4%) para a receita total da Coljuegos, com o segmento de ‘cassino e bingo’ reivindicando a maior parte do fisco em COP186.3m.
A Colômbia tornou-se o primeiro mercado sul-americano a aprovar um mercado de jogos de azar on-line regulamentado em 2016 e começou a emitir licenças em julho de 2017. A Coljuegos emitiu seu 17º diploma on-line para a organização local Games and Betting S.A.S. em fevereiro deste ano.
No entanto, o ritmo desses novos pedidos de licenças diminuiu desde a enxurrada inicial – a Licença de fevereiro foi a única emitida este ano até agora – sugerindo que o mercado colombiano pode estar chegando a um ponto de saturação.
Em dezembro passado, a Coljuegos informou que seus licenciados on-line haviam registrado um total de 1,7 milhão de contas de clientes (de uma população de 50 milhões), um número que cresceu para 2,5 milhões em junho deste ano.
A Fecoljuegos, a associação que representa operadores de jogo online licenciados na Colômbia, recentemente recebeu a Rushbet.co – a operação local da operadora norte-americana Rush Street Interactive, que recebeu sua Licença colombiana em junho de 2018 – em seus membros.
Fecoljuegos agora conta com 11 dos 17 licenciados on-line do país entre suas fileiras.
No dia 21 de agosto, Fecoljuegos e seu correspondente terrestre, Asojuegos, receberão os participantes do evento Gaming Colombia no hotel Grand Hyatt em Bogotá.
O evento de dois dias e a programação deste ano incluirá a reunião do Laft America Zero Tolerance with Money Laundering no mesmo local.
A Colômbia pode ter sido a primeira a sair do caminho, mas outros mercados latino-americanos parecem cada vez mais interessados em recuperar o terreno perdido. A maior província da Argentina, Buenos Aires, está atualmente examinando candidatos para suas sete licenças on-line, enquanto a baleia branca do Brasil abriu uma consulta pública esta semana sobre como elaborar suas regulamentações de apostas esportivas on-line.
Fonte: Calvin Ayre
Opinião – Betzilian
Interessante ver o termo Baleia Branca para o Brasil.
A Colômbia parece colher os frutos de ter sido a primeira representante sul-americana quando se trata da legalização do jogo online.
Olhando os números colombianos, é possível perceber um enorme potencial no crescimento latente da vertente online, uma vez que, ao contrário de muitos mercados, ainda está em arrecadação abaixo dos jogos físicos. Daí causa estranheza o número baixo de empresas licenciadas, apenas 17, e apenas uma Licença concedida este ano.
Das duas, uma: ou o Estado colombiano começa a proteger aqueles que iniciaram as operações quando ainda era uma incógnita ou, de fato, a saturação de operadores é uma problema real, o que afasta outros players.
Fica a reflexão e o aprendizado para o Brasil que, ao adotar o modelo de multi-licenças (acertadamente ao meu ver) deverá saber controlar o número de players no mercado para não saturar o oceano e deixar a Baleia Branca sem espaço para nadar.