Opinião

Ladrão que rouba ladrão tem que ir para prisão!

15 julho, 2019
Ladrão que rouba ladrão tem que ir para prisão!

Uma casa de apostas foi assaltada por falsos policiais. Se essa notícia estivesse em um jornal do subúrbio de Londres seria factível, mas sendo de um site em Teresina, no Piauí, parece algo que só poderia acontecer no Brasil.

Não é mentira: uma casa onde se opera de forma física as apostas desportivas, apresentou queixa contra um assalto por falsos policiais.

Como assim?

É o cúmulo do absurdo!

O Brasil não é para amadores e todas as Casas que trabalham com a possibilidade em iniciar uma operação por aqui, devem levar em conta o custo Brasil.

Nele pode-se incluir tudo de contrassenso que existe na República das Bananas, desde a alta carga tributária, como a informalidade legalizada do jogo do bicho ou de bancas físicas de apostas espalhadas por esse país. Isso pra dizer o que sabemos, apenas.

É por essas e outras que muitos investidores, mesmo com a Regulação à porta, ainda possuem dúvidas sobre ter ou não operação em terras tupiniquins. Quem assegura que no interior do Piauí ou do Rio de Janeiro, não existirão, na sobra da Lei, concorrentes diretos em face daqueles que pagarão regularmente para estar no cenário brazuca?

Daí a pergunta de quase todos os players internacionais: será que o Brasil está realmente preparado para a chegada desta importante indústria?

Talvez. Essa é a resposta de um bom advogado. Sempre.

De fato, possuímos muitas lacunas e não teremos o sistema de fiscalização integralmente pronto para o marco zero, mas é importante para o ambiente brasileiro que os próprios players participem da fiscalização.

O grande diferencial para a evolução do mercado brasileiro, de forma macro, será a possibilidade dos stakeholders participarem do controle e equilíbrio do cenário, seja a nível legal, seja a nível de mercado, ao participarem, ainda agora, de forma ativa na elaboração do alicerce regulatório que permitirá transformar o Brasil em um dos 03 principais destinos de investidores no ambiente das apostas desportivas.

Se isso não acontecer, com certeza escutaremos cada vez mais notícias como estas de Teresina, onde o ladrão que rouba ladrão terá 100 anos de perdão.