Estoril-Sol reduz lucros em 20% para 6,9 milhões
29 agosto, 2019
O grupo Estoril-Sol registou lucros atribuíveis aos accionistas da empresa-mãe de 6,96 milhões de euros entre janeiro e junho, o que corresponde a um recuo de 20,1% face aos 8,71 milhões de euros do mesmo período do ano passado.
Já as receitas brutas combinadas do grupo (jogo físico [territorial] e online) ascenderam a 111,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, tendo registado um crescimento global de 3,2%.
As receitas geradas pelo jogo físico recuaram 2% e ascenderam a 93,7 milhões de euros, tendo caído em todos os casinos do grupo Estoril Sol, com especial relevância no Casino do Estoril e no Casino da Póvoa. Em contrapartida, as receitas do jogo online cresceram 42,2%, impulsionadas pelas apostas desportivas, e totalizaram 18,2 milhões de euros, indicou o grupo no comunicado das contas enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Deduzindo o Imposto Especial de Jogo, as receitas de jogo totais do grupo traduziram-se em 53,2 milhões de euros, um crescimento de 1,9% face aos 52,2 milhões de euros alcançados no primeiro semestre do ano anterior. “A receita líquida de jogo continua a ser negativamente influenciada pela aplicação da tabela das contrapartidas mínimas anuais no caso concreto do Casino da Póvoa e pela particularidade relacionada com a tributação das apostas desportivas cuja base de incidência do imposto é o valor apostado e não a receita bruta (valor apostado deduzido de prémios pagos) como nas restantes modalidades de jogo, seja ele territorial ou online”, explica a Estoril-Sol.
Por seu lado, o EBITDA do grupo recuou 5% face a igual período do ano anterior e ascendeu a 19,2 milhões de euros.
Já o investimento do grupo – que no primeiro semestre ascendeu a 400 mil euros – continuou alinhado com anos anteriores, “embora tenha registado uma ligeira diminuição, sobretudo no Casino do Estoril e Lisboa, cuja concessão de jogo termina em dezembro de 2020”, sublinha o comunicado das contas.
O grupo destaca ainda o “esforço concertado de equilíbrio financeiro e menor dependência de terceiros”, o que o tem levado a” reduzir sucessivamente o seu passivo bancário, tendo dessa redução resultado uma diminuição significativa dos encargos financeiros”. “No final de junho de 2019, o balanço do grupo já não evidencia a existência de passivo bancário, o que se reveste de especial importância dada a proximidade do fim da concessão de jogo do Estoril”, frisa o documento.
Fonte: Jornal de Negócios